Luanda - O veterano militante da UNITA Rui Galhardo Silva apresentou, nesta quinta-feira, junto dos Serviços de Investigação Criminal (SIC) uma queixa-crime contra o líder do seu partido, Adalberto da Costa Júnior.
Em declarações à imprensa, Rui Galhardo Silva, que se fazia acompanhar da advogada Manuela Mendes, acusa o Presidente da UNITA de instigar o seu linchamento e, concomitantemente, pôr em perigo a sua vida.
O posicionamento de Rui Galhardo é uma reacção à acusação de portar armas para tentar assassinar o líder da UNITA durante um acto político no Uíge, em pleno acto comemorativo por ocasião do 55º aniversário da fundação da organização fundada por Jonas Savimbi.
De 62 anos de idade e militante desde 1975, acusou a liderança do partido de promover a descriminação, o culto de personalidade e a cultura do radicalismo, que não ajudam a reconciliação interna no partido.
Rui Galhardo Silva disse que teme pela sua vida e pede protecção das autoridades, dada a instigação de actos de violência que se promove no seio partidário.
“A UNITA não é do Adalberto da Costa Júnior, mas dos que se revêem nela”, afirmando, por isso, que não pode ser expulso da organização.
Rui Galhardo afirmou que esperava do líder do seu partido um pedido de desculpas, e não a radicalização de posições, depois ter instigado o seu linchamento.
Desmente ter participado em conluios que visassem pôr em causa a vida do líder da UNITA.
Declarou ter provas suficientes das acusações que faz a Adalberto da Costa Júnior, inclusive as de prática de pedofilia.
A advogada Manuela Mendes disse achar legítima a queixa apresentada pelo seu constituinte.
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