A publicação do livro de Bela Malaquias por esta altura levantou muitas questões dos ouvintes e internautas do programa, que questionaram a vericidade dos relatos da autora.
Afastada da UNITA e das lides políticas, Bela Malaquias explicou que o livro é "narrativa de episódios vivenciados" durante o tempos que esteve nas matas e disse não ter que provar nada: "Quem não esteve lá comigo pode dizer o que lhe apetecer".
Sobre a possibilidade de escrever um outro livro sobre o percurso de José Eduardo dos Santos, como sugeriu ao telefone o ouvinte Celestino Mayamba, Bela Malaquias diz que o livro é o testemunho da sua vida, "o que vi, vivi", refutando a ideia de escrever sobre José Eduardo dos Santos: "Aqueles que viveram com José Eduardo dos Santos têm a responsabilidade de fazer esses relatos".
Durante a conversa com ouvintes e internautas, a convidada disse várias vezes que esta não é uma obra histórica, mas um livro de memórias cuja elaboração foi decidida no dia da "queima das bruxas".
Entre críticas sobre as motivações da publicação de "Heroínas da Dignidade I - Memórias de Guerra", Bela Malaquias foi questionada por um internauta se está entre as "mulheres violadas por Jonas Savimbi", ao que respondeu: "Felizmente não cheguei a ser, daí as agruras que passei".
Malaquias disse que o impacto da UNITA na sua família foi bastante pernicioso e descreveu Jonas Savimbi como "tirano" e "psicopata". E quando questionada se o seu marido, Eugénio Manuvacola, não a protegia dos avanços de Savimbi, Malaquias respondeu sem hesitações: "Na Jamba ninguém defendia ninguém".
Queima das bruxas foi "ajuste de contas"
"Eu decidi escrever um livro no momento em que assisti à queima das bruxas", disse Malaquias, que descreveu esse evento de 7 de Setembro na Jamba com detalhes e nomes: "A Jamba era o quartel-general. Nesse dia chamaram as pessoas para a parada e antes dessa chamada Savimbi e a sua direcção, os seus colegas, tiveram uma reunião prévia, para definirem ou para ele anunciar o que se havia na parada..." Bela Malaquias, falou pausadamente, num exercício de regresso a um passado doloroso.
Na parada, continuou a autora do livro, "como era de costume, as mulheres cantavam e dançavam", em recepção a Jonas Savimbi.
"Quando Savimbi chega à parada começa a chamar as pessoas para o centro da parada (...) as pessoas que iam ser queimadas recolheram a lenha (...) atearam o fogo", em que elas iam ser queimadas.
Entre as vítimas, Malaquias cita "Judite Bonga, Vitória Chipati e o seu bebé, Clara Miguel (conseguiu desfazer-se do seu bebé), Maria Piedade, João Caetangui, esposa e a filha" e diz que a queima das bruxas foi "um acto de intimidação, um ajuste de contas, porque "Savimbi tinha actividade sexualmente promíscua, esta foi uma lição às mulheres que não se vergaram".
A publicação do livro de Bela Malaquias por esta altura levantou muitas questões dos ouvintes e internautas do programa, que questionaram a vericidade dos relatos da autora.
Afastada da UNITA e das lides políticas, Bela Malaquias explicou que o livro é "narrativa de episódios vivenciados" durante o tempos que esteve nas matas e disse não ter que provar nada: "Quem não esteve lá comigo pode dizer o que lhe apetecer".
Sobre a possibilidade de escrever um outro livro sobre o percurso de José Eduardo dos Santos, como sugeriu ao telefone o ouvinte Celestino Mayamba, Bela Malaquias diz que o livro é o testemunho da sua vida, "o que vi, vivi", refutando a ideia de escrever sobre José Eduardo dos Santos: "Aqueles que viveram com José Eduardo dos Santos têm a responsabilidade de fazer esses relatos".
Durante a conversa com ouvintes e internautas, a convidada disse várias vezes que esta não é uma obra histórica, mas um livro de memórias cuja elaboração foi decidida no dia da "queima das bruxas".
Entre críticas sobre as motivações da publicação de "Heroínas da Dignidade I - Memórias de Guerra", Bela Malaquias foi questionada por um internauta se está entre as "mulheres violadas por Jonas Savimbi", ao que respondeu: "Felizmente não cheguei a ser, daí as agruras que passei".
Malaquias disse que o impacto da UNITA na sua família foi bastante pernicioso e descreveu Jonas Savimbi como "tirano" e "psicopata". E quando questionada se o seu marido, Eugénio Manuvacola, não a protegia dos avanços de Savimbi, Malaquias respondeu sem hesitações: "Na Jamba ninguém defendia ninguém".
Queima das bruxas foi "ajuste de contas"
"Eu decidi escrever um livro no momento em que assisti à queima das bruxas", disse Malaquias, que descreveu esse evento de 7 de Setembro na Jamba com detalhes e nomes: "A Jamba era o quartel-general. Nesse dia chamaram as pessoas para a parada e antes dessa chamada Savimbi e a sua direcção, os seus colegas, tiveram uma reunião prévia, para definirem ou para ele anunciar o que se havia na parada..." Bela Malaquias, falou pausadamente, num exercício de regresso a um passado doloroso.
Na parada, continuou a autora do livro, "como era de costume, as mulheres cantavam e dançavam", em recepção a Jonas Savimbi.
"Quando Savimbi chega à parada começa a chamar as pessoas para o centro da parada (...) as pessoas que iam ser queimadas recolheram a lenha (...) atearam o fogo", em que elas iam ser queimadas.
Entre as vítimas, Malaquias cita "Judite Bonga, Vitória Chipati e o seu bebé, Clara Miguel (conseguiu desfazer-se do seu bebé), Maria Piedade, João Caetangui, esposa e a filha" e diz que a queima das bruxas foi "um acto de intimidação, um ajuste de contas, porque "Savimbi tinha actividade sexualmente promíscua, esta foi uma lição às mulheres que não se vergaram".
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